segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Exemplo vindo direto da Bahia!

Iniciativa integra ações para reduzir impactos ambientais das obras do novo estádio baiano para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo


Os responsáveis pelas obras da Arena Fonte Nova, estádio de Salvador para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, lançaram dois pontos de coleta de óleo de cozinha usado. A inciativa faz parte do projeto de responsabilidade ambiental nas obras da arena Fonte Nova, que já recicla o óleo de cozinha utilizado nos refeitórios da obra.
 
Mais de 200 litros de óleo utilizados na fabricação das refeições dos trabalhadores já foram transformados em biodiesel, vela e sabão. “A implantação dos Ecopontos amplia o nosso programa de reciclagem de óleo de cozinha. A intenção é servir de exemplo para que uma iniciativa local ganhe proporções maiores e que esteja à disposição de todos os soteropolitanos”, afirma Renata Ribeiro, Gestora Ambiental da Arena Fonte Nova.
 
Os Ecopontos estão situados em dois locais de fácil acesso para a população, no canteiro de obras da Arena Fonte Nova: ao lado do Centro de Visitação, na Rua Anfrísia Santiago (antiga Tribuna de Honra), e na guarita do Dique do Tororó, em frente ao Relógio da Copa.
 
“Programas como este impulsionam atitudes simples, mas que trazem resultados significativos para o meio ambiente. Basta acondicionar o óleo de cozinha usado em garrafas PET bem fechadas e depositar nos Ecopontos”, ensina Renata Ribeiro.
 
O objetivo do projeto, além de reciclar resíduos e mitigar os impactos ao meio ambiente, é orientar a população para a importância do descarte consciente, pois o óleo de cozinha é um material extremamente poluente. Qualquer quantidade reciclada representa uma grande redução de impactos, já que pesquisas apontam que apenas um litro de óleo de cozinha é capaz de poluir cerca de 20 mil litros de água.
 
Em lagos ou rios, esta substância prejudica a oxigenação, matando plantas e peixes. De acordo com pesquisas realizadas pelo Centro de Estudos Integrados sobre o Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a decomposição do óleo de cozinha usado também emite na atmosfera metano, um dos principais gases causadores do efeito estufa, responsável pelo aquecimento global.
 
O programa para coleta do óleo de cozinha tem o apoio da empresa RENOVE e beneficiará as escolas municipais Maria Quitéria e Ruy de Lima Maltez com a doação de sabão proveniente da reciclagem de todo o material recolhido.

Fica a pergunta: A ARENA PERNAMBUCO ESTÁ FAZENDO O MESMO?

Fonte: Odebrecht
http://www.copa2014.gov.br/pt-br/noticia/dois-novos-pontos-de-coleta-de-oleo-na-arena-fonte-nova

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Inventor faz resina antiferrugem com óleo de cozinha e lucra em PE


Do UOL, em São Paulo. Afonso Ferreira.
O empresário pernambucano Luiz Cláudio Lima, 51, desenvolveu uma resina antiferrugem para automóveis a base de óleo vegetal usado, coletado em restaurantes, hospitais e hotéis

O empresário pernambucano Luiz Cláudio Lima, 51, desenvolveu uma resina antiferrugem para automóveis a base de óleo vegetal usado, coletado em restaurantes, hospitais e hotéis.

A ideia fixa de criar um produto sustentável e ao mesmo tempo lucrativo motivou o empreendedor pernambucano Luiz Cláudio Lima, 51, a pesquisar e testar o óleo de cozinha usado durante dez anos. A experiência resultou na invenção de uma resina antiferrugem para carros e na abertura da empresa Redlub, que fabrica e vende o produto.

O negócio que começou rendendo cerca de um salário mínimo hoje emprega quatro funcionários e fatura R$ 18 mil por mês. Mesmo assim, Lima ainda precisa dividir seu tempo entre a produção e a administração do negócio. Por dia, a Redlub produz cem litros da resina antiferrugem.

O produto desenvolvido pelo empresário é específico para o uso em automóveis. O antiferrugem é uma espécie de resina que atua contra a corrosão das partes de ferro. Ela é aplicada por meio de uma pistola de ar comprimido ou pincel diretamente nos chassis ou em outras peças do carro para evitar o desgaste e a oxidação.

O custo de produção da microempresa é reduzido. A principal matéria-prima, o óleo de cozinha usado, vem de coletas em restaurantes, hospitais, hotéis e outros estabelecimentos. Ao todo, são recolhidas cerca de 18 toneladas por mês do material, em aproximadamente 600 fornecedores nos Estados de Pernambuco e Alagoas.

Sem reciclagem, óleo iria para a rede de esgoto.
 
Daniela Nader/UOL
 
 
O óleo de cozinha coletado em hotéis e restaurantes é reciclado

Segundo Lima, sem a reciclagem, o óleo de cozinha poderia ser despejado de forma inadequada e ir para redes de esgoto, poluindo a água e o solo. "As pessoas e as empresas precisam dar um destino correto ao óleo vegetal usado sem agredir o meio ambiente. Isso vai garantir uma qualidade de vida melhor para nossos netos e bisnetos no futuro", afirma.

De olho em novas oportunidades, o empreendedor relata que em Pernambuco há uma campanha da empresa de saneamento básico para que todas as casas tenham caixa de gordura instalada.

Para aumentar sua rentabilidade, a partir de maio, Lima começará a oferecer o serviço de limpeza e desentupimento destas caixas na capital Recife e região metropolitana. "Vou aumentar a coleta de óleo e ainda ter a oportunidade de falar pessoalmente para as pessoas sobre a importância da reciclagem."

Além disso, o empresário já tem planos de transformar a água suja vinda das pias e dos ralos, que fica retida nas caixas de gordura, em gás veicular ou até mesmo em ração animal. "Ainda vou começar a pesquisar qual a melhor forma de reciclar este resíduo. Já me falaram que vai ser difícil, mas nada é difícil para mim."
 
Preocupação com meio ambiente motivou abertura do negócio
Daniela Nader/UOL


A Redlub produz cem litros por dia do antiferrugem, o Red Ruste.

A ideia de reciclar o óleo de cozinha surgiu em 1998, quando Lima era encarregado da manutenção em um shopping na cidade de Paulista (PE). Uma de suas tarefas era, ao final do expediente, descartar o óleo vegetal usado para fritar os alimentos. Como não havia coleta seletiva na época, todo o resíduo ia parar na rede de esgoto.

Como o pai costumava utilizar óleo de cozinha na parte de baixo do carro para combater a oxidação das partes de ferro, o empresário pensou que poderia criar um antiferrugem reutilizando o material que seria descartado.

A partir daí, ele iniciou as pesquisas e a fase de testes laboratoriais, contando com a ajuda do Sebrae, serviço de apoio à micro e pequena empresa, e do Itep (Instituto de Tecnologia de Pernambuco).

Em 2002, com o produto comprovado, Lima conseguiu investimento para fazer um teste piloto e dar início às suas atividades. Foi um período difícil, a capacidade de produção era de apenas 200 litros por mês e o faturamento era pouco mais de um salário mínimo.

Somente em 2008, depois de ganhar mercado, o empreendedor teve condições de formalizar o negócio. "Todo o processo foi inventado por mim e feito com o que tinha em casa e no ferro velho. Hoje, já adquirimos motores, bombas, equipamento de laboratório, tanques e até veículos", diz.

Conscientização ajudou empresa a crescer

Lima atribui o crescimento da empresa à conscientização das pessoas em não despejar na pia o óleo vegetal usado para fritar alimentos. Além disso, as campanhas do governo que incentivam o descarte correto do material também o ajudaram.

Em Pernambuco, uma lei sancionada em setembro de 2011 obriga estabelecimentos comerciais, condomínios residenciais e indústrias que utilizam óleo de cozinha a instalar recipientes para coleta do resíduo e encaminhá-lo para a reciclagem.

 

 

terça-feira, 5 de junho de 2012

Matéria TV tribuna

http://www.ecoleo.org.br/tv/tvecoleo.html

Entrevista CBN

http://www.ecoleo.org.br/tv/radiocbn3.html

Pontos de coleta de óleo de Cozinha em Recife

Asa Comércio e Indústria
Rua da Paz, 82, Afogados, Recife-PE
Fones: 3073-5057 / 3073-5066
Pega na residência apenas em grandes quantidades. Recebe coleta de restaurantes, hotéis, hospitais e condomínios.

Associação Meio Ambiente, Preservar e Educar (Amape)
Estrada do Arraial, s/n (em frente ao 4484), Casa Amarela, Recife-PE
Fone: 3268-7984
Não pega na residência.

Bumerangue Reciclagem
Rua Itaituba, s/n, entre os lotes 7 e 8, Jardim Prazeres, Jaboatão dos Guararapes-PE
Fones: 3479-2677 / 3071-2476 / 8866-7120
Pega na residência a partir de um litro de óleo (em qualquer ponto da Região Metropolitana do Recife).

Colégio Apoio
Rua Conselheiro Nabuco, 44, Casa Amarela, Recife/PE
Fone/Fax. (81) 3441.5015
Não pega na residência.

Disk Óleo
Rua Conde de Irajá, Torre, Recife-PE
Fone: 3227-2187
Pega na residência a partir de dois litros (em qualquer ponto da Região Metropolitana do Recife)

Pão de Açúcar
Unidade Aflitos
Avenida Conselheiro Rosa e Silva, 614, Aflitos, Recife-PE
Fone: 3242-6024
Não pega na residência.

Unidade Parnamirim
Rua Des Góis Cavalcante, 251, Parnamirim, Recife-PE
Fone: 3267-5927
Não pega na residência.

Restaurante Sushi Yoshi
Rua Padre Luiz Marques Teixeira, 155, Boa Viagem, Recife - PE
Fones: 34622748 / 33423705
Não pega na residência.

domingo, 1 de abril de 2012

A força poluidora do óleo de cozinha. O que fazer?

Toda vez que um litro de óleo de cozinha é despejado pia abaixo contamina o volume de água suficiente para 14 anos de consumo de um ser humano. O efeito é mesmo devastador: afeta a qualidade de um milhão de litros de água. Os números são consenso entre pesquisadores, organizações não governamentais (ONGs) e governo e assustam, principalmente quando se pensa em uma sociedade como a pernambucana, na qual a coleta seletiva do óleo de cozinha ainda é pouco difundida e, menos ainda, praticada. Tanto que o produto representa 0,001% do total de material reciclável coletado mensalmente pela Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) - o papel é o campeão, equivalendo a 71%.
Aparentemente inofensiva, a prática de jogar o óleo na pia é danosa tanto para o meio ambiente quanto para a infraestrutura de escoamento de uma cidade. O produto é capaz de formar uma camada na superfície das águas, impedindo a oxigenação nela. "A flora e a fauna que se desenvolvem dentro das águas tendem, então, a morrer", alerta o gerente de coleta seletiva da Emlurb, André Penna. Além disso, pode impermeabilizar solos, dificultando a penetração da água das chuvas e provocando alagamentos.
Os danos começam logo após o descarte. O óleo pode formar uma espécie de crosta dentro de canos e galerias pluviais durante a passagem. Assim, essas estruturas podem ficar entupidas ou mesmo estourar. "Sabe aquela sujeira preta frequentemente encontrada nas proximidades de restaurantes? Aquilo é óleo despejado em pia", ilustra Penna. Para evitar tantos prejuízos por causa de um descarte inadequado de material, o coordenador da Associação Meio Ambiente, Preservar e Educar (Amape), Sérgio Nascimento, dá a dica. A pessoa deve deixar o óleo pós-consumo esfriar por alguns minutos e, em seguida, despejá-lo com a ajuda de um coador em uma garrafa PET ou em uma bombona. "Coar é importante para diminuir a quantidade de resíduos orgânicos no óleo. Os restos de comida diminuem a qualidade do óleo e as chances de ele ser reutilizado", justificou. O recipiente pode ser então levado para um ponto de coleta. Localizada no bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, a Amepe recebe uma quantidade variável de óleo de cozinha por semana. "Às vezes, conseguimos coletar 20 litros, mas tem semana em que chegam só dois", lamentou Sérgio Nascimento.
Segundo estimativa do coordenador, em média 10 pessoas vão ao local semanalmente para entregar óleo de cozinha - normalmente são mulheres engajadas em causas ambientais e que residem nas proximidades da Amepe. O óleo coletado é despejado em um dos dois tonéis da ONG, cada um com capacidade para armazenar 100 litros, e depois entregue a uma gestora de resíduos, que analisa a qualidade do produto e repassa o material para indústrias ou produtores individuais. A Amape recebe material reciclável de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, e aos sábados, das 7h às 12h. Uma alternativa para os mais ocupados é pedir que os próprios funcionários de pontos de coleta peguem o óleo armazenado na casa do consumidor, prática que nem sempre é feita pelas entidades.
A jornalista Janayde Gonçalves, 24 anos, localizou recentemente uma ONG desse tipo, a Bumerangue Reciclagem, localizada em Jardim Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. Janayde morava em Fortaleza, no Estado do Ceará, mas se mudou para o Recife em janeiro deste ano, para cursar mestrado. Em Fortaleza, ela fazia a coleta seletiva de óleo de cozinha, mas na nova cidade ainda não havia encontrado local aonde levar o material armazenado. "Por falta de tempo e por usar pouco o óleo em casa, acabei deixando o tempo passar. Guardava em garrafinhas para não despejar na pia, mas acabava jogando no lixo", afirmou. A Bumerangue Reciclagem pede que pelo menos um litro do óleo seja armazenado antes de entregue. Janayde ainda quer multiplicar a quantidade de pessoas ecologicamente responsáveis na cidade. No condomínio onde mora, no bairro da Jaqueira, na Zona
 
 
 
Fonte: reciclaveis.com.br

terça-feira, 20 de março de 2012

Mais pontos de coleta de óleo.

Asa Comércio e Indústria
Rua da Paz, 82, Afogados, Recife-PE
Fones: 3073-5057 / 3073-5066

Associação Meio Ambiente, Preservar e Educar (Amape)
Estrada do Arraial, s/n (em frente ao 4484), Casa Amarela, Recife-PE
Fone: 3268-7984

Bumerangue Reciclagem
Rua Itaituba, s/n, entre os lotes 7 e 8, Jardim Prazeres, Jaboatão dos Guararapes-PE
Fones: 3479-2677 / 3071-2476 / 8866-7120

Disk Óleo
Rua Conde de Irajá, Torre, Recife-PE
Fone: 3227-2187

Lembramos que uma postagem anterior lista os pontos de coleta da COMPESA.

TV ECÓLEO

Esse site disponibiliza várias entrevistas e matérias em vídeo sobre coleta seletiva e aproveitamento de óleo de cozinha utilizado.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Você acha que o óleo de cozinha usado não tem valor econômico? Veja o que acontece nos Estados Unidos!



Empresas que coletam óleo e gordura de cozinha, usados em restaurantes nos Estados Unidos, começaram a adotar novos tipos de proteção nos últimos anos: investigadores particulares, câmeras de vigilância, alarmes contra roubo. Mesmo assim, recipientes cheios de óleo de cozinha usado estão sumindo.

Durante anos, os restaurantes tiveram que pagar essas empresas para retirar a gordura usada, que era então reutilizada principalmente para alimentar animais. Alguns restaurantes doavam a gordura para fãs de automóveis, que a reaproveitavam para produzir biodiesel.

Mas com a demanda por biocombustível em alta, o óleo de fritura agora faz parte de um mercado em ascensão, valendo cerca de US$ 0,40 o quilo, cerca de quatro vezes mais do que valia há 10 anos. Isso o torna um alvo tentador nestes tempos difíceis.

A Califórnia e agora a Virgínia promulgaram leis especiais que regularizam a coleta de óleo e gordura usados em cozinhas comerciais - legisladores da Carolina do Norte talvez votem em uma lei semelhante em maio. Mas enquanto alguns policiais, especialmente na Califórnia, se tornaram cada vez mais atentos ao problema, os tribunais ficaram para trás e deixaram de acompanhar a tendência.

"É muito difícil convencer promotores do Estado a levar este assunto a sério", disse Douglas Hepper, chefe da agência do Estado da Califórnia que regula a eliminação da gordura. "Eles estão mais ocupados com assassinatos e laboratórios de metanfetamina e têm orçamentos limitados, então precisam definir suas prioridades."

Poucos casos vão a julgamento e, quando são julgados, os criminosos muitas vezes recebem uma pequena multa e saem livres novamente, retomando as suas atividades.

Em um episódio de "Os Simpsons" de 1998, Homer tenta ganhar um dinheiro fácil vendendo óleo de cozinha usado. Mas durante anos as autoridades policiais pareciam desconhecer que o óleo estava sendo roubado por transportadores não licenciados, causando milhões de dólares em prejuízos para a indústria de processamento todos os anos.

Não é fácil convencer o Ministério Público sobre a importância do assunto. Jon A. Jaworski, um advogado de Houston que representa pessoas acusadas de roubar óleo e gordura usados, disse que no início de 1990 ele venceu mais de uma dúzia de casos argumentando que a gordura deve ser considerada propriedade abandonada e, portanto, deixada para que qualquer um possa recolhê-la - para ele, seria como vasculhar o lixo.

A gordura é muitas vezes armazenada dentro de lixeiras pretas e deixada em becos. Ela tem um péssimo cheiro e por isso a coleta ocorre geralmente no meio da noite.

Mas a indústria de processamento tem tentado bloquear o crescimento deste mercado, impulsionado pela alta demanda do biodiesel. Muitos restaurantes têm agora contratos com empresas de coleta para vender sua gordura por quase US$ 300 o contêiner.

À medida que as empresas têm investido mais tempo e dinheiro em esforços de lobby no setor, a polícia começou a prestar mais atenção ao problema. Randall C. Stuewe, presidente da Darling Internacional, a maior empresa do setor, disse ter registrado cem prisões em 2011.

A Califórnia assumiu a liderança na repressão aos furtos. Em outubro, o Departamento de Alimentação e Agricultura do Estado iniciou um programa com os departamentos de polícia locais para proteger as áreas mais frequentemente atingidas. Desde o início de dezembro, a polícia capturou e acusou cinco pessoas suspeitas de roubo de gordura, que provavelmente serão multadas. Eles vão anunciar os resultados completos do programa piloto em breve, e devem expandi-lo para outras partes do Estado, disse Hepper.

Transformar as prisões em condenações com penas grandes o suficiente para impedir que o roubo aconteça novamente é algo difícil, em parte porque não é possível determinar não apenas o valor da gordura roubada, mas também o quanto foi roubado e de onde. Os ladrões normalmente passam por vários restaurantes em uma noite, despejando o material em caminhões-tanque ou em barris no porta malas de uma van.

Frustradas, empresas maiores como a Darling, começaram a contratar advogados para entrar com processos civis contra os ladrões em uma tentativa de recuperar suas perdas. "A recepção na corte municipal é muito desigual", disse Steven T. Singer, um advogado contratado em Nova Jersey pela Darling. "Você depende muito dos promotores públicos e por isso tem que fazê-los entender a gravidade deste problema, assim como o juiz."

Nos últimos dois anos, Darling, que possui cerca de dois mil caminhões que coletam gordura em diferentes locais em 42 Estados, entrou com duas ações civis contra empresas acusadas de roubar a sua gordura e recebeu cerca de US$ 60 mil pelos danos.

Para empresas menores, como a Sacramento Rendering, que atende cerca de 2,5 mil restaurantes no Norte da Califórnia, contratar advogados para uma disputa no tribunal civil pode não valer a pena devido aos gastos. Michael Koewler, presidente do Sacramento Rendering, estima que perde cerca de 50 mil quilos de gordura pura por semana - cerca de US$ 750 mil por ano de lucro perdido.

Numa noite no final de novembro, um funcionário fazia seu trajeto mensal por Sacramento - um Burger King aqui, um Taco Bell ali. Ele abriu a tampa de 22 recipientes de gordura. Apenas dois tinham gordura para a coleta.

"Não quero ter que contratar um advogado para ir atrás de todas essas coisas", disse Koewler. "Prefiro que o Estado, que é obrigado a fazer cumprir a lei, faça a sua parte."
Por Steven Yaccino